Concremat Ambiental inicia serviços para obtenção de licenças para a Ponte Salvador-Itaparica

Após a assinatura da Parceria Público Privada para a construção da ponte que ligará Salvador e a Ilha de Itaparica, em novembro passado, já tiveram início, em dezembro, os serviços ambientais necessários para a obtenção da Licença de Instalação (LI), obrigatória para que sejam iniciadas as obras. A Concremat Ambiental foi a escolhida pelo consórcio formado pela CCCC e a CR-20, vencedor da PPP, para desenvolver os estudos necessários à obtenção da LI.

“Neste momento, estamos elaborando o Plano Básico Ambiental, que é peça-chave para a obtenção da LI. Ao longo de 2021, também iremos executar o inventário florestal, com vistas à Autorização de Supressão Vegetal, além de estudos arqueológicos e em comunidades quilombolas, entre outras atividades”, destaca Josefina Kurtz, diretora de Meio Ambiente da Concremat.

Josefina acrescenta que o Plano Básico Ambiental (PBA) inclui vários planos no âmbito construtivo, socioeconômico, físico, biótico e de compensação ambiental, como aqueles relacionados a recuperação de áreas degradadas, treinamento e educação dos trabalhadores, comunicação social e educação ambiental, monitoramento da pesca, monitoramento da qualidade da água, de resgate de flora e manejo de fauna, bem como estudos específicos em comunidades quilombolas, além de replantio de espécies vegetais, entre outros destinados a compensações ambientais.

Coordenador dos serviços ambientais, André Gonçalves explica que a equipe da Concremat Ambiental realizou algumas atividades ao longo de junho e julho do ano passado. “Os estudos para a concessão da ponte foram desenvolvidos entre 2012 e 2016 e, como forma de atualizar as informações, foi feito o mapeamento de todo o traçado da Ilha de Itaparica e Salvador através de drone, com a geração de ortofotos, que são imagens aéreas corrigidas geometricamente para que a escala fique uniforme, reduzindo as distorções. Esse imageamento prévio foi fundamental para a composição de uma base atualizada de dados socioambientais georreferenciados, que é uma das principais ferramentas de gestão e tomada de decisão conjunta com a engenharia”, afirma.

Atualmente, a travessia para Itaparica é feita por ferryboat, no Terminal de São Joaquim, em Salvador, e por lanchas rápidas. Outra opção é usar a BR-324, sentido Recôncavo Baiano. Com 12,4 quilômetros de extensão, a ponte marítima será a segunda maior da América Latina, e sua construção encurtará o tempo de deslocamento em cerca de 100 quilômetros, beneficiando de imediato 250 municípios e 10 milhões de usuários das regiões Oeste, Sudoeste, Sul e Extremo Sul do Estado da Bahia.  

 

A estimativa é que sejam gerados 7 mil empregos durante a obra. Com superestrutura estaiada (os vãos totalizam 850 metros, sendo o vão central de 450 metros), a ponte faz parte do Sistema Viário do Oeste (SVO). O SVO, que dá aos motoristas acesso a Salvador, compreende um conjunto de viadutos de 2,1 quilômetros e dois túneis de extensões de cerca de 160 metros e 220 metros, além de pistas urbanas de acessos que compõem o sistema viário de acesso na Ilha de Itaparica, com extensão aproximada de 31 quilômetros até a Ponte do Funil. 

6 de janeiro de 2021