Risk Based Inspection é novo serviço do portfólio da área de Gestão de Integridade de Ativos e O&M

Desde dezembro, um novo serviço passou a integrar o portfólio da área de Gestão de Integridade de Ativos e O&M da Concremat: a Risk Based Inspection (RBI), metodologia que possibilita a classificação de riscos associados a equipamentos estáticos, como tanques de armazenamento e tubulações.

O gerente operacional Fábio Subtil explica que o cálculo do risco, feito através da inserção de diversos dados em um software específico, deriva da combinação de dois fatores: a probabilidade de falha e a consequência dessa falha. “No quesito probabilidade de falha, são levadas em consideração informações do equipamento como tipo de dano previsto, vida residual, tipo de inspeção realizada e sua efetividade, entre outras. No quesito consequência da falha, incluem-se itens que podem causar custo para o reparo do equipamento, perdas de produção, danos ao pessoal exposto e efeitos no meio ambiente. Ao cruzar todos esses fatores, a metodologia classifica o risco do equipamento em baixo, médio-baixo, médio-alto e alto”, diz.

Subtil acrescenta que, após a classificação de risco, é possível definir melhor as técnicas e intervalos de inspeção necessários para obter maior confiabilidade do ativo com o menor risco possível. “Com os riscos de todos os equipamentos de um parque classificados, por exemplo, a empresa detentora dos ativos consegue priorizar em seu plano de manutenção e inspeção aqueles que apresentam maior criticidade, otimizando a alocação de recursos e, consequentemente, minimizando os possíveis danos que um acidente ou problema naquele equipamento poderia causar. A aplicação da RBI é interessante principalmente num conjunto de equipamentos semelhantes, pois, assim, é possível comparar a situação do conjunto e direcionar os esforços de mitigação de acordo com os recursos disponíveis no momento. Outra vantagem é que a análise é feita por componente do equipamento, sendo assim, possibilita-se a ação mais assertiva na tratativa de manutenção e inspeção do equipamento”, explica.

Quanto ao investimento necessário para a implantação da RBI, é possível afirmar que ele é compensado já no médio prazo. “Sem a aplicação da metodologia, a definição do plano de manutenção e inspeção de um conjunto de ativos fica sujeita à percepção humana, podendo-se cometer erros de julgamento. Com a Risk Based Inspection, você passa a utilizar uma metodologia consagrada internacionalmente para fazer essa análise, tornando o processo mais isento da percepção humana de especialistas”, afirma.

Diretora da área de Gestão de Integridade de Ativos e O&M, Magda Junqueira comenta que, apesar de ter uma aplicação mais direcionada ao Opex, a RBI também se aplica ao Capex, uma vez que pode ser utilizada ainda na fase de projetos de uma planta, verificando as consequências de cada equipamento e/ou parâmetros de projeto que incidiram sobre a probabilidade de falhas. “Com a aplicação da RBI, você pode identificar previamente um risco e alterar o projeto de forma a mitigá-lo. O uso da metodologia nessa fase também permite dimensionar os custos de acordo com a utilização e a necessidade de cada instalação. Por exemplo, se um equipamento apresenta um risco baixo, é possível direcionar a implantação para que atenda a esse risco, evitando custos que só se aplicariam a ativos com risco médio ou alto”, pontua.

Magda diz ainda que a RBI também pode e deve ser aplicada em instalações jovens: “A utilização para um equipamento novo é o ideal porque permite mapear os riscos e, dessa forma, gerenciar a sua manutenção e integridade desde o início, atuando de forma preventiva”.

Fábio Subtil ressalta que o diferencial da Concremat na aplicação da RBI é a expertise em inspeção e integridade de equipamentos, o que permite à equipe ter um conhecimento aprofundado dos dados que devem ser inseridos no software. “A princípio, pode parecer simples inserir os dados no software, mas são raras no Brasil empresas que conhecem a fundo as nomenclaturas utilizadas na metodologia. É preciso conhecer os tipos de ensaio realizados e a realizar e os danos a que o equipamento está suscetível para incluir essas informações. O que oferecemos é uma consultoria de gestão do RBI, porque não adianta obter as informações se não se souber o que fazer com elas. A gestão disso tudo é o que agrega valor, pois permite que o cliente seja mais assertivo na tomada de decisão”, afirma.

Magda Junqueira pontua que a Risk Based Inspection age proativamente e positivamente nos aspectos ambiental, social e de governança: “Ao classificar de forma assertiva o risco de um ativo e as consequências que um possível dano pode causar, permitindo uma gestão eficiente desse risco, a RBI impacta diretamente o aspecto ambiental de um ativo e, por consequência, o social, uma vez que possibilita minimizar a exposição das populações a esse risco. O aspecto de governança, por sua vez, é beneficiado com a melhor alocação de recursos, seja financeiro, de tempo e de mão de obra”.

2 de fevereiro de 2021